A mãe e a avó do menino Emerson Santos Silveira, de 7 anos, afogado na tarde de quinta-feira na piscina da do Colégio estadual Jornalista Tim Lopes, na Estrada do Itararé, no Complexo do Alemão, Zona Norte do Rio, passaram a manhã desta sexta no Instituto Médico-Legal (IML), aguardando a liberação do corpo. Emerson morreu após bater com a cabeça na piscina por volta das 14h de ontem. Segundo a mãe dele, o local é livremente frequentado pelos moradores da comunidade durante finais de semana e feriados.
— Essa foi a segunda vez que ele foi lá escondido. Na primeira, eu o deixei de castigo durante um mês. A gente vive em um lugar sem praia, sem nada, e o verão está chegando... Se esse lugar não for fechado, outras famílias vão passar pelo mesmo que eu. Essa piscina tem que ser fechada, ou então eles precisam colocar seguranças e salva-vidas — disse Jéssica Silveira, de 24 anos, mãe de Emerson e de outros dois meninos.
De acordo com ela, Emerson foi à piscina pela primeira vez com o irmão mais velho, de 9 anos, há cerca de um mês e meio. Eles foram levados pelos vizinhos, que já frequentavam o local. Segundo Jéssica, para chegarem à piscina, os jovens da comunidade descem um morro e saem direto no local, sem precisarem passar pela parte da frente da escola. Não há muros nem seguranças.
— Eu fui lá com meu filho mais velho e vi. É aberto, não tem ninguém vigiando. Um absurdo imenso, um perigo — contou ela.
Jéssica estava lavando roupa em um poço perto de sua casa quando viu o filho pela última vez. Ele foi levar uma toalha para ela e pediu para tomar banho em uma caixa d’água de mais de mil litros. Ele negou o pedido e mandou que o filho voltasse para casa, onde estava a avó, Luisa Floriano. Quando Jéssica chegou à casa, percebeu que o menino não estava lá. Ela resolveu, então, ir até a piscina do colégio. De lá, ela foi à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Alemão, para onde Emerson havia sido levado.
A assessoria de imprensa da Secretaria estadual de Educação informou, ontem, que a escola tem vigia, porteiros e PMs, que fazem a segurança da unidade 24 horas por dia e que a unidade estava fechada por ser feriado. O caso foi registrado na 21ª DP (Bonsucesso).
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